SEMUS de Presidente Médici realizou ação alusiva a Campanha Janeiro Roxo
Palestras e exames dermatológicos foram ofertados aos medicenses
Durante esta quinta-feira, 28, a Secretaria de Saúde de Presidente Médici promoveu uma ação de enfrentamento a Hanseníase, por meio da Campanha Janeiro Roxo. No Centro de Saúde Raimundo Juruca foram ofertados exames dermatológicos gratuitamente aos medicenses.
Palestras informativas também foram realizadas com a intenção de quebrar o preconceito sobre a doença. Enfatizando que a Hanseníase tem tratamento e é totalmente curável.
O prefeito, Dr. Caçula Coelho, prestigiou a ação e reforçou o compromisso da gestão com a saúde pública.
“Nosso município está começando a se reorganizar e na Saúde queremos qualidade, agilidade e respeito aos que de fato precisam do SUS” disse.
O gestor, que está presente no município acompanhando de perto as demandas emergenciais. Trabalha com planejamento para melhorar as ações de todas as secretarias municipais.
Saiba Mais
O que é a hanseníase
A hanseníase é uma doença crônica infecciosa causada pela bactéria Mycobacterium leprae, que se multiplica lentamente e pode levar de cinco a dez anos para dar os primeiros sinais. A patologia afeta principalmente os nervos periféricos e está associada a lesões na pele, como manchas esbranquiçadas ou avermelhadas, ressecamento e perda de sensibilidade. O diagnóstico tardio pode deixar graves sequelas, especialmente a incapacidade física com deformidades em mãos e pés, podendo levar também à cegueira. Quem sofre com a doença, além de todos os problemas de saúde, ainda precisa conviver com o estigma e o preconceito.
Números da doença no Brasil
Apesar da invisibilidade, a hanseníase faz parte de uma chocante realidade no Brasil. O país é o segundo com o maior número de casos no mundo, atrás somente da Índia. Segundo dados do Ministério da Saúde e da Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2018 foram detectados 28.660 novos casos no território brasileiro, dentre estes, 1705 casos em menores de 15 anos de idade. Em 2018, o Paraná registrou 550 novos casos, de acordo com números da Coordenadoria Estadual de Hanseníase.
Moradora de Curitiba, Francisca Barros da Silva (na foto) tem 64 anos e foi diagnosticada com hanseníase ainda na infância. Depois de passar por tratamentos, foi curada e iniciou uma trajetória de ativismo em prol de pessoas que também possuem ou já possuíram a doença. “Temos que cobrar mais das pessoas responsáveis por nossa saúde”, afirma Francisca.