Recém-inaugurada, asfalto da MA-315 começa a se deteriorar
Trecho da rodovia que liga os municípios de Barreirinhas a Paulino Neves também enfrenta problemas de escoamento da água. Mais de R$ 12 milhões foram investidos na obra.
Pouco mais de dois meses após a entrega das obras, um trecho da MA-315, conhecida como “Ecorodovia MA-315” que liga os municípios de Barreirinhas e Paulino Neves no litoral do Maranhão, já apresenta graves problemas de infraestrutura. Mais de R$ 12 milhões de reais foram investidos na obra.
Em um vídeo publicado nas redes sociais, gravado por um motociclista que passava pelo local, ele mostra que parte do asfalto pode ser arrancado facilmente com as mãos. Por baixo da fina camada de asfalto que é arrancada, é possível ver logo parte do revestimento da rodovia.
“Veja só a condição desse asfalto! Eu encostei a moto aqui agora e o sol não está quente, acabou de chover, tudo molhado, tudo alagado, olha a condição. Você tira [o asfalto] com a mão e consegue ver já, aqui embaixo a terra. Olha só a condição disso aqui”, conta o motociclista.
A obra entregue em janeiro deste ano, teve 38 km asfaltados, sendo dez em bloquetes feitos em povoados da região. A obra é uma parceria da empresa Ômega com o governo do Maranhão, que está realizando a implantação do parque eólico no município de Paulino Neves.
Além da deterioração do asfalto, a rodovia vem enfrentando problemas de escoamento da água. Com as fortes chuvas que caem desde o início do ano no Maranhão, trechos da MA alagam as duas mãos da via e dificultam a passagem de veículos que seguem em direção aos Lençóis Maranhenses.
Por conta das condições da rodovia, o deputado federal Edilázio Júnior (PSD) entrou, no último sábado (30), com uma Ação Civil Pública na Vara de Interesses Difusos e Coletivos de São Luís contra o Governo do Maranhão.
Segundo o parlamentar, em março de 2018, o governo firmou contrato com a Construtora Sucesso S.A no valor superior a R$ 9,1 milhões para recuperação da MA-315. A empresa que teria nove meses para entregar a obra. No entanto, seis meses após a assinatura do contrato, o governo aceitou fazer um aditivo de mais de R$ 2 milhões, o que seria irregular.
“Aí vem toda a ilegalidade. Por isso nós entramos com essa ação civil pública. Uma estrada orçada em R$ 9 milhões e que lá diz que só poderia haver um aditivo após um ano de contratação. E o aditivo teve com seis meses. Agora aditivar de forma irregular, com apenas seis meses da obra iniciada, mais de 25% do valor da obra e ser entregue da forma como foi. O asfalto está dissolvendo. Aquilo ali pega muito mal para nós, maranhenses”, afirmou Edilázio.
O G1 entrou em contato com a Secretaria de Infraestrutura do Maranhão (Sinfra) que não se manifestou até a publicação desta reportagem.
Do G1MA