Quase 60% das rodovias que cortam o Maranhão são consideradas boas ou regulares
No Brasil 61,8% foram consideradas como “regular, ruim ou péssima”
O estado de mais da metade das rodovias federais do Brasil é avaliado como “regular, ruim ou péssimo”. Segundo dados da 21ª edição da Pesquisa CNT de Rodovias, divulgados na manhã desta terça-feira (07) pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT), 61,8% das vias tiveram classificação abaixo do esperado. Em 2016, o mesmo índice era de 58,2%. Apenas 38,2% das estradas foram consideradas em condição “boa” ou “ótima”.
O levantamento realizado pela CNT avaliou 105.814 km de rodovias. Ao todo, foram percorridas 542 vias, sendo 147 federais e 395 estaduais. Entre as estradas pesquisadas, 85.466 km são de gestão pública, enquanto 20.348 fazem parte de concessões.
O aspecto que mais se deteriorou no período analisado foi a sinalização das rodovias. Neste item, segundo a CNT, o percentual de estradas com classificação “boa” ou “ótima” caiu de 48,3% em 2016 para 40,8% neste ano. Em 2017, a maior parte foi avaliada como “regular, ruim ou péssima”.
Em relação à qualidade do pavimento, o levantamento revelou que metade das estradas apresenta qualidade “regular, ruim ou péssima”, um aumento de 1,7% em comparação ao ano passado. A geometria da via, outro quesito destacado pela pesquisa, manteve os números de 2016: 77,9% tiveram classificação “regular, ruim ou péssima”.
O pior trecho de ligação entre as rodovias é o que liga Natividade (TO) a Barreiras (BA) e engloba as estradas BA-460, BR-242, TO-040 e TO-280, avaliado como “péssimo”. A via com melhor avaliação, por outro lado, é o trecho concessionado que fica entre a capital paulista e Limeira (SP), classificado como “ótimo”.
Tanto as públicas como as concedidas apresentaram piora no período analisado. Entre as rodovias administradas pelo setor público, 70,4% foram avaliadas como “regular, ruim ou péssimo”, enquanto que apenas 29,6% foram classificadas como “bom” ou “ótimo”. No ano passado, as notas negativas chegavam a 67,1%. Nas estradas concedidas à iniciativa privada, 25,6% tiveram, em 2017, seu estado geral avaliado como “regular, ruim ou péssimo”. Em 2016, o mesmo índice era de 21,3%.
De acordo com a CNT, a queda na qualidade das rodovias é resultado da queda de investimentos em infraestrutura rodoviária. Em 2011, segundo dados da entidade, os números aplicados somaram R$ 11,21 bilhões. Em 2016, o volume caiu para R$ 8,61 bilhões. A confederação estima que, para adequar a malha viária brasileira, são necessários cerca de R$ 293,8 bilhões.
Maranhão
No Maranhão apenas 0,6% das rodovias que cortam o estado foram consideradas ótimas. 29,4% estão em situação considerada boa; 26% regular; 22,4% foram consideradas ruins e 21,6% estão péssimas.