Politicando
Como seria bom, como seria...
Como seria bom se a oposição política passasse a propor e a não a se indispor até com o próprio eleitor, quando o coloca como culpado, como vendido, como o comprado. Como seria bom se a oposição soubesse ouvir no silêncio ao invés de perturbá-lo com seus convenientes gritos mal elaborados e um tanto quanto desesperados.
Maracaçumé não é da política do presente. Olhando para opositores, que teimam na crítica sem construção, percebemos que é a velha e antiquada política que impera. Aquela que conceitua todos que não comungam com suas ‘ideologias’ de babões ou de aliados da situação, aquela que só enxerga o que está atrás e não o que está à frente do seu nariz.
Nos bastidores desse tipo de política o ódio é alimentado, o desejo do não acerto e a cegueira para o que está certo ou está dando certo é a principal ferramenta de articulação. É como se torcesse para o seu time perder, só pelo fato de não ser você a marcar o gol da vitória. Mas se deu certo não seria melhor elogiar? Se algo, mesmo que mínimo, fizer a cidade melhorar não será bom para todos? Afinal de contas, oposição e situação moram na mesma casa.
A política partidária precisa mudar, não a partir da visão envelhecida e inadequada teimosamente utilizada pelos opositores, mas pelo olhar da esperança e da humildade de reconhecer em si as falhas que aponta no outro.
Quem vende somente qualidades jamais será capaz de administrar algo que é de todos. Na essência do ser humano não há apenas a bondade, assim como na política jamais existirá aquele que nunca erre ou que não tenha defeitos.