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PF cumpre mandados de busca e apreensão em Grajaú, durante operação de combate ao trabalho escravo em carvoarias do Maranhão

Segundo a PF, as investigações tiveram início após 11 pessoas serem resgatadas, na cidade de Mirador, a 485 km de São Luís, em julho de 2021, pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Maranhão.

Jornalista Fernando Nascimentho | Postado em:

PF cumpre mandados de busca e apreensão em Grajaú, durante operação de combate ao trabalho escravo em carvoarias do Maranhão
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Na manhã desta terça-feira (26), a Polícia Federal cumpriu três mandados de busca e apreensão na cidade de Grajaú, no Sul do Maranhão. Os mandados foram cumpridos durante a operação ‘Sem descanso’, que visa combater o crime de redução de trabalhadores à condição análoga à de escravo, em carvoarias do Maranhão.

Segundo a PF, as investigações tiveram início após 11 pessoas serem resgatadas, na cidade de Mirador, a 485 km de São Luís, em julho de 2021, pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Maranhão.
A Polícia Federal apurou que as vítimas trabalhavam em uma das várias carvoarias dos investigados e eram submetidas à jornada de trabalho exaustiva, principalmente os que trabalhavam como carbonizadores e as cozinheiras.

As investigações apontam que os trabalhadores só tinham descanso do trabalho a cada 40 dias, quando receberiam o pagamento ‘mensal’, obtendo cinco dias de folga, incluído o dia de ida e volta para casa. Ou seja, durante 40 dias eles trabalhavam de domingo a domingo, sem o intervalo mínimo de interjornadas.


Outra situação de irregularidade constatada pela PF foi sobre a jornada de trabalho diária, que era extremamente exaustiva. Em relação às cozinheiras, cada unidade produtora de carvão (UPC) possuía apenas uma, a qual era responsável, não só pelo preparo de todas as refeições para cerca de 25 pessoas daquela unidade, como também pela higienização e limpeza de toda edificação de apoio e alojamento.


A jornada de trabalho das cozinheiras, pela manhã, começava às 4h e seguia até às 13h. Elas retornavam ao trabalho às 15h e ficavam até às 19h.


Já os carbonizadores, que exercem trabalho reconhecidamente insalubre, tinham jornada de 24h, de maneira intercalada, inclusive durante a madrugada.


Segundo a polícia, diante da gravidade dos fatos, após representação da PF no Maranhão, foram expedidos mandados de busca e apreensão em desfavor dos investigados.
Na ação, realizada nesta terça, a polícia apreendeu computadores, mídias e outros materiais relacionados aos fatos em apuração.

 

Do G1MA

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