Pelo 4º ano seguido, cresce o número de jovens no Maranhão que não estudam nem trabalham
Dados mais recentes do IBGE apontam que cerca de 1/3 dos jovens maranhenses entre 15 e 29 anos faziam parte dos 'nem-nem' em 2019.
Pelo 4º ano seguido, o Maranhão apresentou crescimento no número de jovens que não estudam e também não frequentam escola (ensino fundamental, médio e superior), nem cursos pré-vestibular, técnico de nível médio ou qualificação profissional. São os chamados 'nem-nem'.
Os dados mais recentes sobre o tema foram divulgados nesta quarta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e apontam até 2019.
Segundo o IBGE, o Maranhão tinha 1.781.000 pessoas com idade entre 15 e 29 anos em 2019. Desse contingente, 591 mil (33,2%) estavam no grupo 'nem-nem'. Ou seja, cerca de 1/3 dos jovens maranhenses nessa faixa de idade.
De acordo com os números, entre 2016 e 2019, o crescimento foi de 5,1 % nos jovens maranhenses dentro do grupo 'nem-nem' de 15 a 29 anos.
Ainda segundo o IBGE, esse número alto não aponta necessariamente os jovens que desistiram de se qualificar ou trabalhar. Normalmente representa um reflexo da falta de emprego.
"Geralmente, esse grupo é identificado com aquele comportamento de pessoas que não estudam e nem querem trabalhar, mora com pais e tal. Porém, dizer que a pessoa não estuda e não trabalha, não quer dizer que ela não quer trabalhar. Ela está desempregada momentaneamente, mas quer trabalhar", explica o supervisor de disseminação de informações do IBGE no Maranhão, José Reinaldo.
O G1 pediu explicações, mas o governo do Maranhão não comentou e nem explicou o aumento dos jovens sem estudo e trabalho. Em nota, a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) afirmou que realiza 'o maior investimento já visto na história da educação maranhense' através da oferta de educação em tempo integral.