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Maranhão mantém maior taxa do país de trabalhadores sem carteira assinada

Dados são do IBGE referentes ao primeiro trimestre de 2019. Em 2018, o estado já havia fechado o ano como líder de trabalhadores sem carteira.

Jornalista Fernando Nascimentho | Postado em:

Maranhão mantém maior taxa do país de trabalhadores sem carteira assinada
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No primeiro trimestre de 2019, Maranhão se manteve com a maior taxa de trabalhadores sem carteira assinada do país, com 49,7%. O percentual caiu apenas 0,3% em comparação ao último trimestre de 2018, quando Maranhão já estava na liderança do ranking nacional. O G1 entrou em contato com o Governo do Maranhão sobre o assunto e aguarda retorno.

Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Logo atrás do Maranhão estão os estados do Piauí (47,5%) e do Pará (47%).
"Vivemos um período de recessão forte e uma recuperação muito pequena nos anos de 2017 e 2018 e, lamentavelmente, neste primeiro trimestre houve novamente um recuo que já aponta para uma grande preocupação. O Maranhão, quando a gente distribui a população ocupada por atividade econômica, ainda tem um contingente significativo de pessoas que estão no campo, e no campo nós temos um grande contingente de pessoas que trabalham por conta própria. Esse contingente, na grande maioria, não tem registro no CNPJ", declarou o tecnologista de informações do IBGE, José Reinaldo Barros.

Um exemplo de quem trabalha atualmente sem carteira assinada é o armador de ferragem Raimundo Nonato. Ele passou um ano e quatro meses trabalhando com carteira assinada, mas foi demitido e agora ganha a vida como vendedor ambulante.


"Carteira asssinada é melhor porque, quando você sai, você tem os direitos. E aqui, a não ser quando paga INSS por fora, não faz bem, porque aqui se não pagar o INSS não adianta. Você só recebe, mas com o tempo você não se aposenta" contou Raimundo Nonato.
 

Desocupação


 
Os dados divulgados nesta quinta (16) também apontam que a taxa de desocupação (desempregados) no Maranhão está em 16,3% e é maior do que no trimestre anterior, de 14%. O número atual também é maior que a nacional, que fechou em 12,7%.

 

Do G1MA

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