Extrema pobreza aumenta e chega a 15,2 milhões de pessoas em 2017
7,4% da população brasileira vive com menos de 140 reais por mês
O número de pessoas na faixa de extrema pobreza no Brasil aumentou de 6,6% da população em 2016 para 7,4% em 2017, ao passar de 13,5 milhões para 15,2 milhões. De acordo com a definição do Banco Mundial, são pessoas com renda inferior a 1,90 dólar por dia ou 140 reais por mês. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o crescimento do porcentual nessa faixa subiu em todo o país, com exceção da Região Norte onde ficou estável.
Os dados fazem parte da Síntese dos Indicadores Sociais 2018, divulgada nesta quarta-feira, 5, pelo IBGE. O estudo mostra que aumentou a proporção de pessoas abaixo da linha de rendimentos. Em 2017, era de 26,5%, enquanto no ano anterior ficou em 25,7%. Os percentuais significam a variação de 52,8 milhões de pessoas para 54,8 milhões. De acordo com a definição do Banco Mundial, são pessoas com rendimento até 5,5 dólares por dia ou 406 reais por mês. A maior parte dessas pessoas, mais de 25 milhões, estava na Região Nordeste.
Houve elevação ainda na proporção de crianças e adolescentes (de 0 a 14 anos) que viviam com rendimentos até 5,5 dólares por dia. Saiu de 42,9% para 43,4%, no período.
Condições de vida
A pesquisa identificou que em 2017 cerca de 27 milhões de pessoas, ou seja, 13% da população, viviam em domicílios com ao menos uma das quatro inadequações analisadas: características físicas, condição de ocupação, acesso a serviços e presença de bens no domicílio. A inadequação domiciliar foi a que atingiu o maior número de pessoas: 12,2 milhões, ou 5,9% da população do país. Isso significa adensamento excessivo, quando há residência com mais de três moradores por dormitório.
Da Veja.com