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Cutrim critica autorização dada à empresa canadense para explorar minério em Centro Novo do Maranhão

Em pronunciamento na tribuna, o deputado Raimundo Cutrim (PCdoB) criticou, na sessão desta quarta-feira (27), autorização dada à empresa do Canadá para explorar minério em Centro Novo do Maranhão, mesmo sendo uma área do Incra. O parlamentar contou que recebeu, na terça-feira (26), uma comissão de pessoas da região de Centro Novo, para denunciar o problema e que em torno delas foram até o Incra reclamar.

Jornalista Fernando Nascimentho | Postado em:

Cutrim critica autorização dada à empresa canadense para explorar minério em Centro Novo do Maranhão
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“Muitas vezes ocorrem fatos em nosso Estado que a gente fica querendo entender. O certo é que essas pessoas estão na iminência de perder cerca de 280 a 300 hectares de terra da área do Incra, da antiga colônia no município de Centro Novo. Lá foram distribuídos lotes para os moradores que residem naquela área há mais de 50 anos e aquelas pessoas vivem naquela comunidade de forma pacífica realizando a extração de minério e ouro, mas agora, de uma hora para outra, chega uma empresa canadense, a MCT Mineração Ltda.”, revelou.

Segundo os garimpeiros que possuem uma cooperativa contaram ao deputado que a empresa canadense diz que comprou os direitos de pesquisa e exploração do solo na área do Incra, de outra empresa canadense. De acordo com Cutrim, eles não sabem dizer quem comprou a multinacional. “Quero dizer que os estrangeiros compram uma área e depois passam para outro estrangeiro o direito sobre aquela área. Segundo eles, foi adquirida junto aos órgãos federais e estaduais a autorização para a exploração da referida área. Na semana passada, eles foram surpreendidos com a visita de duas senhoras que, segundo eles, uma se chama Rosária e a outra, Gorete, uma se dizendo da Secretaria do Meio Ambiente do Estado, da Sema, e a outra do Incra, ambas alegaram estar em missão para regularizar o projeto de assentamento Água Azul em Centro Novo”, afirmou.

Os técnicos teriam dado aos moradores um prazo de 15 dias para desocupar a área que pertenceria à Mineradora MTC Mineração LTDA. “Ficam alguns questionamentos: como pode alguém dar uma autorização para exploração em uma área do Incra, que é do Governo Federal? Como estariam sendo conseguidos esses documentos, as concessões, e aí estou oficializando ao Incra, bem como a Sema para que para saber realmente se essas duas senhoras trabalham e se a missão delas é tirar as pessoas que ali vivem, residem e trabalham há mais de 50 anos, de maneira ordeira e pacífica, e então são fatos que nós não podemos deixar que ocorram dessa natureza”, informou.

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