Brasil: o país em que a Imprensa pode ter voz, desde que não incomode os políticos
Que sejamos livres para falar e para ouvir
Lamentavelmente o Brasil sufoca a imprensa tanto quanto massacra o direito da livre expressão de pensamento, quando observamos o que aconteceu no Maranhão com uma ordem absurda de monitoramento de adversários políticos do governador. A crítica a políticos ceifa a vida de muitos jornalistas e rouba a voz de milhões de brasileiros.
Quem levanta a voz que vai de encontro ao grito autoritário da velha política brasileira, na maioria das vezes ocupada a cadeira de tribunais por não afagar o ego. E assim, a liberdade de imprensa há muito tempo vem sendo apenas um termo, um jargão, uma utopia.
É a mais pura verdade que o jornalista é curioso, corajoso, audacioso, observador e, se tratando de Brasil, teria que ser um herói da Marvel, para ter a sagacidade do Batmam, a imortalidade do Thor e o corpo de aço do Super Man, e talvez assim conseguiria sobreviver ao país.
Ocupamos a ‘orgulhosa’ 102ª posição no Ranking Mundial de Liberdade de Imprensa, somos um dos países que mais se mata jornalistas, o segundo da América Latina para ser mais claro, e mesmo assim ninguém percebeu que um dos pilares da democracia jamais começou a ser erguido nas terras tupiniquins.
Blogueiros, radialistas, jornalistas e pequenos jornais não podem ser vítimas da polarização, da falta de bom senso, do achismo e do egocentrismo que paira sobre assembleias, palácios e câmaras. Ferir um jornalista é ferir diretamente a democracia, é amordaçar milhões de brasileiros, é esgotar todas as possibilidades de uma sociedade onde ‘políticos’ são funcionários e não patrões.