Brandão está consolidado como um grande líder político
Poder de articulação do governador vem gerando elogios no meio político
Logo nos seus primeiros meses como governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSB), demonstrou duas características importantes para liderar um grupo político: ser um autêntico democrata e ter grande poder de articulação.
Brandão já demonstrou que não tratará adversários como inimigos e procurou desarmar os palanques após as eleições. Só nesta semana, o governador reeleito mostrou a capacidade de dialogar com o atual prefeito de São Luís, Eduardo Braide, bem como teve a grandeza, mesmo depois de inúmeros ataques sofridos, de cumprimentar o senador Weverton Rocha (PDT), na sua passagem por Brasília.
E tem sido justamente por essa postura verdadeiramente republicana que Brandão conseguiu, logo no seu primeiro grande desafio como líder do grupo político, evitar uma disputa no comando da Famem (Federação dos Municípios do Maranhão).
Num primeiro momento, quatro prefeitos, todos aliados de Brandão, cogitaram disputar a presidência da Famem, mas a boa articulação política de Brandão conseguiu evitar um embate e encontrou um consenso sobre o nome do prefeito de São Mateus, Ivo Rezende (PSB).
O consenso e a consequente unidade dos prefeitos aliados de Brandão foi importante também para evitar que, mesmo aqueles gestores que não apoiaram o governador na sua reeleição, pudessem lançar uma chapa para uma eventual disputa.
A eleição acontecerá no dia 21 deste mês, mas tudo leva a crer que será por aclamação a condução de Ivo Rezende para o comando da Famem.
Após a eleição da Famem, Brandão terá ainda outros três desafios para cumprir nos próximos meses, a indicação de um novo conselheiro para o Tribunal de Contas do Estado (TCE), em substituição a Edmar Cutrim, a eleição para a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa e a reforma da sua equipe de governo, prometida para fevereiro do ano que vem.
Pela postura acertada adotada por Brandão, ninguém tem dúvida que o governador irá procurar o consenso para seguir com a unidade inabalada no seu grupo político.